quarta-feira, 20 de maio de 2009

Aposte na eficiência energética

Antes de trabalhar em um banco, eu tinha muitos preconceitos com relação à atividade que exerciam. Eu era uma correntista, com certeza, mal vista por essas instituições. Não que eu deixasse de pagar alguma conta ou utilizasse limites e depois dissesse que o banco havia agido do má fé e colocado dinheiro a mais na conta, o qual não era meu. (Acreditem, isso acontece mais do que frequentemente. Aliás, diria que essa é a melhor maneira de alguém se livrar do uso de um crédito não desejado --- ao acaso!) Muito pelo contrário, eu era aquela cliente que tinha apenas uma conta poupança, tinha um cartão de débito e utilizava apenas o serviço de saque para garantir minhas compras esporádicas. Hoje, não posso ser ingênua e dizer que minha visão mudou, que o mundo é uma maravilha e os bancários não querem ganhar dinheiro com a ingenuidade da população. Posso sim afirmar que é possível utilizar o sistema financeiro como uma ferramente desenvolvimento da sustentabilidade no planeta. E podem ter certeza que os banqueiros continuarão ganhando os rios de dinheiro que ganham.
Uma dessas iniciativas saltou aos meus olhos na pesquisa Breaking the Energy Efficiency Deadlock, da Booz Allen - consultoria internacional de negócios. Trata-se de uma idéia louvável de financiar projetos de eficiência energética para empresas e pessoas físicas. Ao invés de deixar apenas nas mãos das companhias energéticas o esforço para um consumo mais consciente da energia, o ideal seria conjugar estratégias públicas e privadas para conseguir isso.
E não achem que as empresas de energia sairiam perdendo nessa. Pense bem, se elas promovessem um consumo mais consciente da energia, com certeza seria mais fácil trazer para a formalidade a grande massa de "gatos" brasileiros - uma vez que conta de luz não seria tão honerosa. É claro que grande parte dos brasileiros ainda irá preferir o jeitinho malandro de se livrar das responsabilidade. Mas, o aumento da consciência de responsabilidade sobre nosso meio parte dai: quando alguém se preocupa com o próximo, ele se sente mais importante e passa a prestar atenção em assuntos que serão determinantes para o ambiente em que ele está inserido.
Imagina se em conjunto com essa política de eficiência energética, que poderia ser financiada pelo bancos, o governo implementasse também a tão falada política de troca de geladeiras e outros eletrodomésticos que promovem um gasto de energia excessivo? Seria ótimo, não?

Estive pensando.... quem estiver lendo, por favor me responda: Se alguma marca, ou algum serviço do qual você é cliente, perguntasse o que você mais gosta ou que projeto gostaria que fosse ampliado, você responderia? (Imagine um blog em que você ajudasse com novos produtos ou desse sua opinião sobre o que é bom e o que é ruim)

Prometo escrever todas as semanas a partir de agora. Espero não ter que desmentir essa promessa daqui a um mês...