quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Não leio

Só pra deixar claro e evitar dúvidas: não releio nada do que escrevo. Já não fazia isso quando trabalhava como repórter, imagina agora que estou apenas escrevendo no meu blog. Esperem erros!

Faz tempo...

Parece, mas não esqueci deste espacinho reservado para minhas idéias (por mais que ninguém além de minha irmã leia!). Hoje acordei pensando sobre o que designa que alguma coisa é certa ou é errado. Usar a faixa de pedestres, quem disse que essa é maneira certa de atravessar a rua. Com certeza não é em São Paulo - na verdade, é difícil achar o lugar em que essa seja a escolha mais acertada para se fazer. Caso extremo, mas serve para ilustrar a idéia de que o certo ou o errado depende do ambiente em que se encontra. Óbvio que em plena avenida Paulista talvez não seja a coisa mais acertada atravessar na faixa e se garantir de que isso irá preservar sua vida - apesar de isso ser defendido no código de trânsito.
Então, se o correto e o errônio dependem do ambiente, é ele que determina isso. Isso para mim é uma grande falácia. Se não fosse, agir da maneira como todos esperariam que você haja seria sempre a decisão mais acertada a se tomar. Pode até ser que eu esteja errada (ou será que essa visão seria apenas uma convenção da sociedade em que estou inserida), mas na minha vida nunca fiz aquilo que era o normal fazer. Será que errei em pequenos bocados e ainda está por vir o grande erro da minha vida? Prefiro acreditar que não! Prefiro acreditar que erros e acertos são convenções criadas por cada um, dentro da subjetividade da sua personalidade e até mesmo do humor. Mas... afinal, quem sou eu para dizer que essa é a definição mais acertada,
A verdade é que como há tempos não escrevia nada, sentei na frente do computador e comecei a digitar sem pensar muito em que estava fazendo. Não é à toa. Estou no meio da Área de Gestão Financeira do grupo Santander, na frente de uma televisão sintonizada na Bloomberg e pensando mais nas áreas em que deveria fazer meu rodízio do que em como faço para chegar em casa antes de ir para o treino do rugby (acho que nunca escrevi uma frase tão longa em toda minha vida, ainda bem que agora não tenho mais editor!).
No meio do caos, me lembrei de uma música... "Certo ou errado, certo ou errado, quem não sai na chuva não aprende a se molhar. Não tá com nada. Oooo. Não tá com nada". Acho que isso era Trem da alegria (acho que era mesmo...).
Quem tiver curiosidade, relembre clicando aqui

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Aposte na eficiência energética

Antes de trabalhar em um banco, eu tinha muitos preconceitos com relação à atividade que exerciam. Eu era uma correntista, com certeza, mal vista por essas instituições. Não que eu deixasse de pagar alguma conta ou utilizasse limites e depois dissesse que o banco havia agido do má fé e colocado dinheiro a mais na conta, o qual não era meu. (Acreditem, isso acontece mais do que frequentemente. Aliás, diria que essa é a melhor maneira de alguém se livrar do uso de um crédito não desejado --- ao acaso!) Muito pelo contrário, eu era aquela cliente que tinha apenas uma conta poupança, tinha um cartão de débito e utilizava apenas o serviço de saque para garantir minhas compras esporádicas. Hoje, não posso ser ingênua e dizer que minha visão mudou, que o mundo é uma maravilha e os bancários não querem ganhar dinheiro com a ingenuidade da população. Posso sim afirmar que é possível utilizar o sistema financeiro como uma ferramente desenvolvimento da sustentabilidade no planeta. E podem ter certeza que os banqueiros continuarão ganhando os rios de dinheiro que ganham.
Uma dessas iniciativas saltou aos meus olhos na pesquisa Breaking the Energy Efficiency Deadlock, da Booz Allen - consultoria internacional de negócios. Trata-se de uma idéia louvável de financiar projetos de eficiência energética para empresas e pessoas físicas. Ao invés de deixar apenas nas mãos das companhias energéticas o esforço para um consumo mais consciente da energia, o ideal seria conjugar estratégias públicas e privadas para conseguir isso.
E não achem que as empresas de energia sairiam perdendo nessa. Pense bem, se elas promovessem um consumo mais consciente da energia, com certeza seria mais fácil trazer para a formalidade a grande massa de "gatos" brasileiros - uma vez que conta de luz não seria tão honerosa. É claro que grande parte dos brasileiros ainda irá preferir o jeitinho malandro de se livrar das responsabilidade. Mas, o aumento da consciência de responsabilidade sobre nosso meio parte dai: quando alguém se preocupa com o próximo, ele se sente mais importante e passa a prestar atenção em assuntos que serão determinantes para o ambiente em que ele está inserido.
Imagina se em conjunto com essa política de eficiência energética, que poderia ser financiada pelo bancos, o governo implementasse também a tão falada política de troca de geladeiras e outros eletrodomésticos que promovem um gasto de energia excessivo? Seria ótimo, não?

Estive pensando.... quem estiver lendo, por favor me responda: Se alguma marca, ou algum serviço do qual você é cliente, perguntasse o que você mais gosta ou que projeto gostaria que fosse ampliado, você responderia? (Imagine um blog em que você ajudasse com novos produtos ou desse sua opinião sobre o que é bom e o que é ruim)

Prometo escrever todas as semanas a partir de agora. Espero não ter que desmentir essa promessa daqui a um mês...

quarta-feira, 4 de março de 2009

Comentário extra II: presidente pop



Acho que deve ser a primeira vez na história em que um presidente estampa a capa de uma revista de variedades - Vanity Fair/edição março/2009.
E mais: posa numa sessão de fotos exclusiva.
Eis o novo modelo de presidente pop da era da entropia da informação cibernética.

Não somos o que mostramos?

Afinal quem somos nós. Será que temos uma personalidade constituída quando nascemos, como insistem os psicólogos ou somos uma metamorfose ambulante, como cantava Raul Seixas. E, se somos agentes de constante mudança, quais são as variáveis que agem sobre nós. As pessoas apenas? Cada vez mais acho que eles tem a menor porção de culpa naquilo que somos. Cada vez mais somos resultado de convenções e da maneira como a sociedade se reorganiza. O que ela considera como mais viável ou não.
Se é assim, cada vez que muda uma tecnologia, estamos sujeitos a trocas de estilo de vida que influenciam direto em nossas personalidades. Ou será que não? Mas, para mim, tudo indica que sim. Afinal, não dizem que você é o que você veste, o que você come, o que você pratica, o que você lê.
Analisando de forma mais atenciosa, fico com medo de tudo isso. Nesta semana li uma matéria no site da BBC - "Cash and cheques could be unfashionable", em português Dinheiro e cheques podem ficar fora de moda - e comecei a pensar sobre algumas coisas. Que estamos sujeitos às marcas porque elas falam sobre nossas personalidade, isso já ficou claro com a astronômica ascensão da Apple, da Adidas e da Nike. Mas qual será o limite de tudo isso. Será que logo logo teremos uma grife de serviços bancários. Se sim, o que os bancos devem fazer para se transformar na marca escolhida pelas pessoas. Afinal, se cada vez mais usaremos cartões de crédito, é preciso ter orgulho de sacá-los da bolsa para usá-los (idéia extra= será que o nacionalismo do uso da moeda nacional saiu de moda - até mesmo na Inglaterra!). Afinal, ninguém compra um MacBook pela funcionalidade (afinal poucos sabem qual é a verdadeira vantagem de se ter um Mac), mas sim pelo orgulho de ter uma maçãzinha.
É claro que no pagamento por outros meios eletrônicos como celulares que já nutrem no consumidor um senso de marcar, fica mais fácil. Nesse caso, a verdeira disputa será pelas operadoras e não será tão evidente no look da pessoa. Mesmo assim, esse detalhezinho fará parte de quem realmente somos.
Sabe, quando eu era pequena minha mãe sempre insistia quando eu pedia alguma coisa nova que mostravam na televisão: "Não somos o que mostramos, mas sim o que internalizamos". Cada vez mais acho que a nossa sociedade está acabando com essa máxima e criando uma nova. Afortunados aqueles que aprenderam com ensinamentos parecidos com os da minha mãe. Com certeza, a vida deles será mais feliz (será uma nova era hippie de desprendimento da cultura subjacente àquela organizada em torno da tecnologia - ignorem, maluquices).

Extra = enquanto escrevo, olho para frente e um homem de camisa rosa com gravata vermelha caminha de um lado para outro sem parar, a cabeça está baixa. Ele está apavorando a minha colega trainee que está sentada entre o percurso de vai e vém dele. Sei lá... coisas para contar.

Ps.: Se quiserem, ignorem todas as maluquices que eu escrevi em parênteses. As idéias brotam enquanto eu escrevo - como eu ia adorar se esse texto tivesse hiperlinks para minhas idéias com pop-ups por todos os lados com comentários inúteis.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Terapia de fóruns

Cada vez me convenço mais que o que une as pessoas, mesmo no ambiente virtual, é essa necessidade intrínseca à natureza do homem de compartilhar suas emoções, suas preocupações, seus pensamentos.
Isso deixa claro que ao invés de separar mais as pessoas, a rede é um catalizador de psicólogos e pacientes online em busca de respostas. Quando você tem algum problema com algum eletrodoméstico ou até mesmo um software que não consegue instalar, qual é a primeira coisa que você faz. Nem pensa em ligar pro amigo especialista no assunto. É muito mais fácil entrar na internet, procurar um fórum de pessoas que tenham tido o mesmo problema que você e checar quais são as soluções adequadas para o seu problema.
Esqueça de ler os infinitos manuais sobre como operar máquinas ou como lidar com seus filhos. Você tem tudo "mastigadinho" na internet. E não é uma solução única ou imutável, cada vez que você entra em um fórum tem uma informação nova. Além disso, tenho certeza que se você encontrar uma outra saída para esse problema vai querer sair correndo contar para os demais.
Meus pais sempre reclamavam que eu antes de pesquisar alguma coisa sempre perguntava para os demais. Na época a resposta mais frequente de meu pai era: "Vai procurar no dicionário". Eu não gosto de perguntar questionamentos a seres que não promovem nenhum tipo de interação. Sou filha de uma era em que, mais que nunca, a dialética de Sócrates, em conjunto com a de Marx, está presente em minha vida. Há alguns anos, deram, a isso, o nome de colaboração. Acredito na colaboração. E acredito que não seja apenas eu a louca que quando descobre uma coisa precisa contar para os demais. Ou quando tem alguma dúvida corre para perguntar para alguém. Tem alguma dúvida, faça uma breve contagem de fóruns na internet. Ah, mas não se prenda apenas áqueles que dão soluções inteligentes (ou espertas) para os problemas da casa - como operar eletrodomésticos, o que fazer caso algum produto venha estragado, como lidar com os filhos. As respostas, assim como as perguntas, vão bem além disso. Já falei do site Dear God (leia o post anterior), mas hoje tive uma surpresa ao ver no Bom Dia Brasil (da rede Globo) uma iniciativa parecida. Durante essa semana, o jornal veiculará matérias com o tema esperança. Para ampliar a participação da pessoas, disponibilizaram no ste um espaço para que as pessoas digam o que acham sobre esperança. Vamos ver se a iniciativa funciona.

domingo, 25 de janeiro de 2009

A pergunta certa

Durante semana passada, fui surpreendida com uma série de observações e textos que me deixaram com algumas ideotas na cabeça. Tudo começou com uma palestra na qual um executivo falava muito empolgado sobre como vai funcionar o novo mundo de interações de rede que deixará completamente de lado o tipo de relacionamento cartesiano ao qual muitos estão acostumados. Depois de expor sobre como uma empresa deveria se posicionar frente a essa mudança ele questiona: "Se vocês souberem o que faz as pessoas se reunirem em rede, por favor nos digam".
Fiquei pensando nisso. Porque será que eu faço parte de mais de cem comunidades na internet, participo de fóruns relacionados a esportes, vejo vídeos no YouTube periodicamente e ainda escrevo nesse blog. Então me questionei se esse executivo estava, realmente, se fazendo, e principalmente, nos fazendo, a pergunta certa. Será que ao invés de perguntar o que faz com que as pessoas se reúnam em rede o ideal não seria pensar em torno de que as pessoas se relacionam.
Quando eu escrevo na comunidade do time de rugby do qual faço parte - o Charrua Rugby Clube, de Porto Alegre - faço porque acredito na história dele. Mas, porque isso me faz, todos os dias, entrar no Orkut e logo abrir a comunidade do Charrua? Ainda não sei essa resposta. Assim como não sei porque milhares de pessoas acessam a sites como o Dear God para escrever sobre suas frustrações e crenças.
O que sua empresa ou você pode fazer para que as pessoas realizem seus desejos mais internos.
Acho que, em geral, quando invocamos as falas sobre sustentabilidade e aquecimento global não quer dizer que as pessoas passaram a pensar em comunidade e querem o bem comum. Na verdade, elas estão pensando na sua perpetuidade. E, por isso, no egoísmo da sociedade de hoje, nada melhor do que compartilhar e associar seu sentimento com o de outros iguais - em rede!
Quem sabe se perguntássemos "Qual é o seu sonho?" não conseguíssemos melhor entender essas pessoas e possibilitar que, por meio de um trabalho colaborativo, elas se ajudassem e conseguissem realizar aquilo que mais desejam.
Por isso proponho, diga qual é o seu sonho, espalhe a notícia para outros e peça que postem também. Trata-se de um exercício para ver se é possível criar uma rede entorno de algo maior que uma marca ou uma produto. Mas, se achar tudo isso um monte de falas sem sentido leia de novo o nome do blog e você entenderá o que na verdade é essa diarréia de palavras.
Ah... quem tiver curiosidade, acesse o site The Cool Hunter. Lá tem algumas coisas legais que podem ajudar a encontrar essa pergunta e essa resposta.

sábado, 24 de janeiro de 2009

Início do começo

Depois de fazer uma ampla avaliação sobre competências, como parte da integração do programa de trainee do Santander, e do feedback de alguns colegas trainee tomei algumas decisões. E dai se minhas ideas são inteligentes ou bestas. Não vou disperdiçar elas na minha cabeça. As pessoas que decidam se elas são úteis ou não!
Assim, amanhã vocês já vão começar a ter um pouco das minhas alucinações.
Espero que sirvam para algo e não simplesmente como descargo de consciência.